domingo, 17 de junho de 2012

Sorrir e a Retroação Facial

Em seu livro de 1872, A Expressão das Emoções em Homens e Animais, Darwin afirma que “a expressão livre por meio de sinais externos de uma emoção, a intensifica... Aquele que der vazão a gestos violentos vai aumentar sua raiva”. Ou seja, ele afirma que expressar voluntariamente uma emoção pela face acarreta numa experiência emocional genuína.

Pesquisas posteriores têm dado suporte a esta afirmação, intitulando esse mecanismo como hipótese da retroação facial. James Laird e seus colaboradores sutilmente induziram pessoas a fazer expressões carrancudas enquanto outros foram induzidos a sorrir, em mesma tarefa. O segundo grupo teve memórias mais alegres do que os que tinham franzido o cenho.

Se a hipótese da retroação facial for confirmada, os livros de auto-ajuda estão certos. Ouvir uma música alegre e forçar-se a sorrir acarreta numa sensação legítima de prazer e satisfação. Temos mais controle sobre nossas emoção do que imaginamos.  Sorrir é um remédio sem efeitos colaterais; não precisa de prescrição e é de graça. Por isso, se quer ser feliz, basta apenas sorrir.  :)


Publicação com autoria de: Bruno Maciel

Referências:

* Darwin, C. (2000).  A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais; São Paulo, Companhia das Letras. .
* Duclos, S. E., Laird, J. D., Schneider, E., Sexter, M., Stern, L., & Van Lighten, O. (1989). Emotion-specific effects of facial expressions and postures on emotional experience. Journal of Personality and Social Psychology, 57, 100-108. doi: 10.1037/002-3514.57.1.100 
* Movements- American Emblems. Semiotica, 15(4), 335-353.
Laird, J. D. (1974). Self-attribution of emotion: The effects of expressive behavior on the quality of emotional experience. Journal of Personality and Social Psychology, 29(4), 475-486. doi: 10.1037/h0036125


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